Comentários de Cinema

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16 de outubro de 1998

ZORRO

    

Catherine    Ontem 16.10.1998 (data já a prova do bug do milênio), fui ver o filme com o Antonio Banderas, Anthony Hopkins e principalmente Catherine Zeta-Jones. Gostei. Lembrei do tempo em que era preciso apenas um vilão, um mocinho (no caso dois) e uma mocinha lógico, para render um bom tempo de divertimento. Lembrei do galpão de madeira que havia no fundo de minha casa, onde eu morava, para desespero dos meus pais, no meio de centenas de livros e um rádio que sintonizava ondas curtas. Lá eu lia as aventuras de Don Diego de La Vega. Ouvindo a rádio Belgrano de Buenos Aires, a BBC e a Radio Netherlands, que tinha uma antena retransmissora nas Antilhas Holandesas. Na época, o mundo já era pequeno!

    Agora o cinema ao invés de nos apresentar novas heroínas em histórias simples, parece um traficante que precisa injetar cada vez mais cocaína nos dependentes. Cada filme tem que ter uma dose maior de efeitos especiais, sangue, vísceras. Até Spielberg, o grande contador de histórias para crianças adultas rendeu-se e fez um filme que nada fica a dever ao "Retorno dos Mortos Vivos", refiro-me ao "Resgate do Soldado Ryan".  Não que eu não goste. Gosto muito de filmes de ação, mas ainda bem que temos de volta os "filmes de amor", que com histórias simples nos enchem o coração de algo que é uma mistura de prazer e dor. Aliás isto não é um sinônimo de Amor? Para citar apenas um: "Cidade dos Anjos", que além de ser com a Meg Ryan (que lembra Alguém há longo tempo perdido), demonstra que vivemos uma grande piada. Quando fazemos de tudo para conseguir quem queremos, terminamos perdendo. A sensação de perda é ainda maior, pois o "Anjo" declinou de todos os privilégios (?) que tinha pelo amor de uma mulher. Logo após ela lhe foi tirada. Parece ruim, mas a vida real também é assim. Ou pior. He He He!

 


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